"A Santíssima Virgem, nestes últimos tempos nos quais vivemos, deu nova eficácia à récita do Rosário. Tal, que nenhum problema, não importa quão difícil possa ser, temporal ou sobretudo espiritual, na vida pessoal de cada um de nós, das nossas famílias... que não possa ser resolvido com o Rosário. Não existe nenhum problema, eu vos digo, não importa quão difícil possa ser, que não possamos resolver com a oração do Rosário."
Irmã Lúcia dos Santos (vidente de Fátima)



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terça-feira, 12 de junho de 2012

Do livro Tesouro de Exemplos

O Rosário nos perigos


Já faz bastante tempo, deu-se na cidade de Cartago, na república de Costa Rica, um terremoto tão violento que a destruiu quase por completo.
A Revista "América", dos Jesuítas de Nova York, narrando os pormenores da pavorosa catástrofe, chamou a atenção dos leitores para o fato seguinte: 
D. Ezequiel Gutiérrez, que fora presidente daquela república, no momento do cataclismo, achava-se em sua casa rezando o rosário acompanhado de toda a sua família. Algumas pessoas quiseram interromper a reza e fugir para a rua, mas o chefe obrigou-as a ficar até terminar o rosário.
Acabada a oração, saíram à rua e qual não foi o assombro de todas ao verem as casas convertidas em ruínas. Em toda a redondeza nenhum edifício ficara intacto; a desolação era completa; somente a casa do ex-presidente não sofrera nenhum dano, nem sequer um abalo.
Evidentemente Nossa Senhora a tomara sob a sua especial proteção, porque ali se rezava o seu rosário.


Salvo pelo Rosário


Era em maio de 1808. Os habitantes de Madrid tinham-se levantado contra o intruso José Bonaparte, que usurpara o trono dos Bourbons.
Os insurretos, cheios de ódio contra os franceses, matavam sem piedade os soldados que podiam surpreender nas ruas e nas casas.
Certa manhã encontrou-se o célebre Dr. Claubry com uma turba de insurretos que, pelo seu traje, viram que pertencia ao exército invasor.
O Dr. era grande devoto de Nossa Senhora e pertencia à Confraria do Rosário. Naquele dia mesmo recebera a comunhão numa igreja dedicada a Nossa Senhora e voltava tranquilamente para casa.
Quando percebeu o perigo, levantou as mãos ao céu e invocou os santos nomes de Jesus e Maria.
Já estavam prestes a matá-lo, acoimando-o de renegado e ímpio, quando uma feliz idéia lhe passou pela mente.
- Não, disse, não sou infiel nem blasfemo e se querem uma prova, vede o que tenho comigo. E mostrou-lhes o rosário que estava rezando.
Diante disso os assaltantes baixaram imediatamente as armas, dizendo:
- Este homem não pode ser mau como os outros, pois reza o rosário.
Precisamente naquele instante, como que enviado por Nossa Senhora, surgiu ali o sacristão da igreja em que o Doutor comungara e, vendo-o cercado pelos insurretos, gritou bem alto:
- Não lhe façam mal; é devoto de Nossa Senhora; eu o vi comungar esta manhã em nossa igreja.
Ouvindo isto, os agressores acalmaram-se, beijaram o crucifixo do rosário de Claubry e levaram-no a um lugar seguro.
Regressando à sua pátria, o piedoso Doutor publicou o favor recebido e continuou toda a sua vida rezando o rosário.


Última Ave-Maria, último suspiro!


Achava-se num asilo de velhos um antigo soldado que, apesar de sua vida de caserna e acampamento, se conservava dócil e acessível às verdades religiosas.
Um sacerdote, que o visitava com frequência, falou-lhe da devoção do rosário e ensinou-lhe o modo de rezá-lo.
Deu-lhe a Irmã um rosário e o velho militar achou tamanho consolo em rezá-lo, que sentia muito não o ter conhecido antes, dizendo que o teria rezado todos os dias.
- Irmã, (perguntou um dia), quantos dias há em sessenta anos?
- A Irmã fez o cálculo e respondeu:
- 21.900 dias.
- Irmã, e quantos rosários teria eu que rezar cada dia para, em três anos, chegar a esse número?
- 20 cada dia, disse-lhe a Irmã.
Daí em diante via-no, dia e noite, com o rosário na mão.
Após três anos de sofrimentos, suportados com grande paciência, chegou ao seu último rosário.
Ali o esperava a morte, pois não viveu nem um dia nem uma hora mais. Ao terminar a última Ave-Maria, deu o último suspiro, entregou sua alma a Deus.




Do livro Tesouro de Exemplos – Padre Francisco Alves, C. SS.R. Editora Vozes 
Volume I Edição II 1958

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