"A Santíssima Virgem, nestes últimos tempos nos quais vivemos, deu nova eficácia à récita do Rosário. Tal, que nenhum problema, não importa quão difícil possa ser, temporal ou sobretudo espiritual, na vida pessoal de cada um de nós, das nossas famílias... que não possa ser resolvido com o Rosário. Não existe nenhum problema, eu vos digo, não importa quão difícil possa ser, que não possamos resolver com a oração do Rosário."
Irmã Lúcia dos Santos (vidente de Fátima)
Irmã Lúcia dos Santos (vidente de Fátima)
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sábado, 23 de março de 2013
Brasil salvo pelo Santo Rosário em 1964
Livre-tradução do capítulo III, ponto A-7 do livro "Fátima Roma
Moscú" (edição em espanhol) do Padre Gérard Mura, FSSPX, sobre a pendência da
Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, pedido pela
própria Nossa Senhora de Fátima.
Em 1964, os comunistas estavam tão seguros de alcançar o poder no
Brasil, que o secretário do Partido para a imprensa internacional
em Moscou, deu a conhecer, algumas semanas antes, o dia exato no
qual a foice e o martelo flamejariam neste país tão imenso e
estrategicamente importante. "Todas as posições chaves estavam nas
mãos de conhecidos comunistas ou de amigos dos comunistas",
informou Fr. Valério Alberton, SJ, Subdiretor da Federação Nacional
de Congregações Marianas do Brasil. "A infiltração afetava também
profundamente as faculdades católicas. Inclusive encontravam-se
células comunistas nos nossos liceus. Nenhum agrupamento católico
escapava desse destino. Era terrível. À última hora organizou-se
uma Cruzada do Rosário em escala nacional. Milhões de pessoas
suplicavam ao Imaculado Coração de Maria que os salvassem. Uma
gigantesca reunião de 600.000 mulheres marchou em 19 de março de
1964 pelo centro de São Paulo rezando o Rosário durante três horas.
'Mãe de Deus', exclamavam, 'preservai-nos do destino e do martírio
das mulheres de Cuba, Polônia, Hungria e outras nações
escravizadas'. Em outras cidades ocorria algo similar. Goulart, o
presidente comunista, escapou em 1º de abril da cidade do Rio de
Janeiro, quando viu a grande onda de revolta contra si. Mais tarde
fugiu do país, já que, ainda que o exército estivesse fortemente
infiltrado, mais da metade dele ficou com o povo. E a sombra
vermelha passou de longe pelo Brasil".[1]
Que alegria a do povo pela vitória! "No Rio de Janeiro e outras
cidades [...] celebrou-se euforicamente [a vitória sobre os
comunistas]. Nas ruas do Rio e na praia de Copacabana reinava um
ambiente de carnaval[2]. Em São
Paulo, onde mais veemente foi a resistência contra Goulart, chovia
confetes dos arranha-céus, e centenas de carros tocaram a
buzina, realizando um verdadeiro concerto"; [...] pois: "Assim foi
salvo o Brasil da cubanização e de ser entregue ao
comunismo"[3].
Outros relatórios confirma a intervenção de Nossa Senhora de Fátima
em socorro dos devotos do Santo Rosário diante desta grave crise
política: "Toda a área estava tomada por uma crise econômica e
social, mas a Igreja permaneceu firme. O valoroso Arcebispo do Rio
de Janeiro, Cardeal de Barros Câmara, falava a cada semana no rádio
para exortar o povo, prevenindo-o de que o governo estava empenhado
em levar os vermelhos ao poder. O Cardeal pedia à população do
Brasil que rezasse e fizesse penitência, como o pediu Nossa Senhora
de Fátima, dizendo-lhes que este era o único caminho para salva o
Brasil. [Alguns outros bispos brasileiros fizeram o mesmo]. Os
católicos brasileiros atendendo a estas repetidas petições
orientaram seus esforços à reza do Santo Rosário. Neste tempo, o
governo de Goulart se tinha esquerdizado tanto e
encontrava-se tão infiltrado de comunistas, que uma reversão da
situação parecia quase impossível. [...] Goulart enviou seus
camaradas vermelhos para convencer o povo de que sua política era a
correta. Seu cunhado, Leonel Brizola, um dos mais poderosos
promotores do comunismo no governo, foi enviado a um importante
congresso de reforma agrária na região de Belo Horizonte. Ao entrar
Brizola na sala onde devia fazer usa da palavra, a encontrou
apinhada de gente. Estava tão cheio o auditório que não pôde ser
entendido, ensombrado pelos ruídos de Rosários e o murmúrio de
3.000 mulheres que rezavam pela libertação de seu país. Quando
saiu, Brizola encontrou as ruas igualmente cheias de brasileiros em
oração até onde alcançava a vista. Com raiva, abandonou Belo
Horizonte. Em 19 de março, as mulheres de São Paulo bloquearam as
largas ruas de seu bairro comercial com a chamada 'Marcha da
Família por Deus e a Liberdade'. Com os devocionários e
Rosários em suas mãos, marchava o grande exército de mais de
600.000 pessoas, com passo firme e solene, debaixo de cartazes
anti-comunistas. Uma das declarações preparadas pelas mulheres
dizia: 'Mãe de Deus, salva-nos do destino e do martírio das
mulheres de Cuba, Polônia, Hungria e outras nações escravizadas'.
Os espectadores qualificaram a marcha por São Paulo como 'a
manifestação com mais adesão na história do Brasil'. Nos dias
seguintes planejaram-se manifestações similares para algumas outras
cidades, capitais de estados [brasileiras]. Os esforços do governo
para desanimá-las e as ameaças da polícia, controlada pelos
vermelhos, para impedi-las, fracassaram e não puderam deter a
cruzada das mulheres. A ajuda adicional dos militares e da Igreja
contra o governo pró-vermelho, obrigou finalmente Goulart a fugir
para o Uruguai em 1º de abril. A maioria dos funcionários
comunistas por ele designados, apressaram-se a sair do país nesse
mesmo dia, muitos deles a Cuba. No dia seguinte desta revolução
anticomunista sem derramamento de sangue, o povo do Brasil
reconheceu o que havia realmente possibilitado essa vitória: o
Santo Rosário. As mulheres tinham planejado para 2 de abril, no Rio
de Janeiro, outra 'Marcha da Família por Deus e a Liberdade'.
Quando um funcionário do novo governo propôs suspendê-la, sob
perigo de atos violentos, as mulheres negaram-se. Uma de suas
dirigentes declarou que agora a marcha seria chamada 'Marcha de
Ação de Graças a Deus'. Disse que: 'Esta marcha vai mostrar ao
mundo que esta é uma verdadeira revolução do povo - uma marcha que
equivale a uma votação por uma verdadeira democracia'".[4]
Também os bispos brasileiros reconheceram no Rosário a arma
principal contra os comunistas: "Exatamente isso me disseram os
bispos brasileiros: Quem expulsou o comunismo do Brasil? Foram os
cristãos, homens e mulheres, quem, com o Rosário nas mãos, saíram à
rua e publicamente, em voz alta, o rezaram".[5]
Para compreender por que os católicos brasileiros era tão devotos
da Virgem de Fátima, deve mencionar-se que o Brasil tinha sido
consagrado ao Imaculado Coração de Maria. Além disso, em 1962,
Nossa Senhora do Rosário de Fátima foi eleita Padroeira principal
da diocese de Propriá(SE). Mais ainda, em 3 de fevereiro de 1964, ou
seja, imediatamente antes dos acontecimentos descritos, Dom Geraldo
de Proença Sigaud, SVD, Arcebispo de Diamantina, Brasil, entregou
ao Santo Padre uma petição de consagração do mundo, em especial dos
países sob domínio comunista, ao Coração Imaculado de Maria, a ser
realizado pelo Papa e por todos os bispos ao mesmo tempo. Esta
petição estava assinada por 510 bispos de 78 países; e até dezembro
de 1964, Dom Geraldo recebeu ainda a assinatura de mais 250 bispos.
A pesar de que o Papa Paulo VI não respondeu a este pedido,
consentiu, como substituição, em confiar o gênero humano a Maria,
em 21 de novembro de 1964 (ainda que não ao Coração Imaculado de
Maria).
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Notas:
[1] Johnston, Francis, Fatima the
Great Sign, Illinois 1980, pp. 136 s.
[2] Provavelmente o autor tenha se
referido à alegria, e não à festa imoral de hoje. Nota do MJCB.
[3] Frankfurter Allgemeine
Zeitung [=FAZ], 3 de abril de 1964, p. 1.
[4] Mindszenty Report, maio
de 1972, p. 3.
Obs.[4]: Igualmente, provavelmente o termo "revolução" usado por
uma das dirigentes do movimento tenha sido colocado NÃO com o mesmo
significado que ele tem para os comunistas(evidente). É rezando e
pedindo as graças de Deus que se muda verdadeiramente uma
sociedade, não com levantes sangrentos. Apenas para evitar
interpretações de má fé. Nota do MJCB.
[5] Arcebispo Marcel Lefebvre,
Missionar und Zeuge in der nachkonziliaren Christenheit,
Stuttgart 1994, p. 210.
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O Rosário salvou o Brasil do Comunismo e o salvará do Modernismo!
FONTE: http://www.mjcb.com.br/
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